Tem tempo, comprei um baralho em forma de palito de picolé. Gosto de baralhos, gosto de picolé, sou tralheira, daí lascou-se: comprei. Jamais brinquei mas um dia pandêmico, acordei mezzo inspirada, talvez os naipes me sopraram verdades no ouvido. Nunca sei se quando a gente escreve é a gente, venho de uma família que psicografia é tão real quanto um documento do cartório, então fui levada a crer que sim: seres mortos sopram verdades no ouvido de algumas pessoas no planeta. Sou eu agora escrevendo, mas não posso te garantir 100% que toda vez que escrevi na vida era eu. Realmente não posso. Alguém pode? Completamente? Pois bem. Teve esse dia pandêmico que desatei a soltar frases com cada “palito de picolé” do baralho. Mercúrio vai ficar retrógrado em breve e para além da minha já nostalgia constante, ando mais ainda, aos poucos retrogradando, abrindo os baús eternos, olhando meu olho na foto dos 5 anos pra ver se descubro alguma coisa. Imputaram uma maluquice na nossa cabeça de olhar para o futuro, olhar para o agora, mas socorrodeus, de vez em quando, só quero dar uma espiadinha ali no passado. Mas não se preocupem comigo. Estoy aqui, à la Shakira.
Esses foram os palitos, essas foram as frases acontecidas.
(esse foi feito com a letra canhota, sempre que posso me causo esse situacionismo, recomendo)\
nada me preparou para ver esse baralho em formato de palito de picolé
Me pegou vc escrever também com a mão esquerda. Sou destra e desde de sempre treino a escrita e pegar objetos com a mão esquerda, pq na minha cabeça na falta de uma mão eu tenho a outra hahaha